"A Páscoa de Cristo é o acto supremo e insuperável
do poder de Deus. É um acontecimento extraordinário, o fruto melhor e mais
maduro do "mistério de Deus". É tão extraordinário, que se torna
inenarrável naquelas suas dimensões que se furtam à nossa capacidade humana de
conhecimento e de averiguação. E contudo ele é também um facto
"histórico", real, testemunhado e documentado. É o acontecimento que
funda toda a nossa fé. É o conteúdo central no qual cremos e o motivo principal
pelo qual acreditamos.
O Novo Testamento não descreve a Ressurreição de
Jesus no seu actuar-se. Refere apenas os testemunhos de quantos Jesus encontrou
pessoalmente depois de ter ressuscitado. Os três Evangelhos sinópticos
narram-nos que aquele anúncio – "Ressuscitou!" – é proclamado inicialmente
por alguns anjos. É portanto um anúncio que tem origem em Deus; mas Deus
confia-o imediatamente aos seus "mensageiros", para que o transmitam
a todos. E assim são os próprios anjos que convidam as mulheres, que foram de
manhã cedo ao sepulcro, a irem imediatamente dizer aos discípulos: "Ele
ressuscitou dos mortos e vai preceder-vos a caminho da Galileia; lá O
vereis" (Mt 28, 7). Deste modo, mediante as mulheres do Evangelho,
aquele mandato divino alcança todos e cada um para que, por sua vez, transmitam
aos outros, com fidelidade e coragem, esta mesma notícia: uma notícia bela,
jubilosa e portadora de alegria". (Papa Bento XVI Audiência geral , 07.04.2010)
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